Inflação dos EUA dispara em junho: maior alta desde janeiro e o que isso significa para o seu bolso
Inflação dos EUA tem maior alta desde janeiro

Parece que o fantasma da inflação resolveu dar as caras com mais força nos Estados Unidos. Em junho, o índice de preços ao consumidor (IPC) subiu 0,3% — o maior salto desde janeiro, quando o país ainda tentava se recuperar dos efeitos da pandemia.

Dados do Departamento do Trabalho americano mostram que, nos últimos 12 meses, a inflação acumulada chegou a 3%. Nada absurdo, mas suficiente para deixar o Federal Reserve (Fed) de cabelo em pé. Afinal, a meta deles é manter a inflação em torno de 2%.

O que está pesando no bolso do americano?

Se você acha que gasolina no Brasil está cara, imagine nos EUA. Os combustíveis foram os grandes vilões do mês, com alta de 3,3%. E não para por aí:

  • Aluguel: +0,4% (e olha que já está nas alturas)
  • Alimentos em casa: +0,1% (a conta do supermercado não perdoa)
  • Serviços médicos: +0,2% (saúde nunca foi barato, né?)

Por outro lado, alguns itens deram uma trégua — como energia elétrica (-0,7%) e vestuário (-0,4%). Mas convenhamos: isso é como tapar o sol com a peneira quando o resto tudo sobe.

E o Fed nessa história?

O Federal Reserve já vinha sinalizando que poderia segurar os juros por mais tempo. Com essa nova alta, a chance de novos aumentos na taxa básica — que hoje está entre 5,25% e 5,50% — ficou mais palpável.

"A inflação teima em não cair como o esperado", comentou um economista do Bank of America. "Isso pode adiar os cortes de juros que todo mundo esperava para setembro."

Enquanto isso, o mercado financeiro já começa a recalcular a rota. As bolsas americanas fecharam em queda após a divulgação dos dados, e o dólar ganhou força contra outras moedas. Sinal dos tempos?

Para nós, brasileiros, o impacto pode ser sentido no câmbio e nas commodities. Mas isso é assunto para outra hora. Por enquanto, o recado é claro: a inflação global ainda não baixou a guarda — e seu bolso sente.