
O dólar deu um salto ecológico hoje — desses que deixam até os economistas mais experientes coçando a cabeça. E não foi pouco: a moeda americana fechou em R$ 5,62, uma alta de 1,93% que pegou muita gente de surpresa.
Mas calma, não é (só) culpa do Brasil. O mundo inteiro está numa sinuca de bico econômica, e nós? Bem, estamos levando a marretada junto. Aquele velho ditado — "quando os EUA espirram, o mundo pega pneumonia" — nunca fez tanto sentido.
O que está por trás dessa montanha-russa cambial?
Três fatores principais estão dando nó no câmbio:
- Juros lá fora: O Federal Reserve (Fed, o nosso BC americano) resolveu apertar o cerco contra inflação, e quando eles sobem juros... adivinha? Todo mundo corre pra dólar como se fosse o último helicóptero saindo de Saigon.
- Crise energética: A Europa virou um tabuleiro de xadrez geopolítico, com a Rússia fechando torneiras de gás. Resultado? Dólar mais caro até pra comprar uma lâmpada LED.
- Fuga pra segurança: Investidores estão com medo de recessão global e, nesses momentos, o Tio Sam vira o porto seguro preferencial — mesmo que seu porto esteja meio furado ultimamente.
E o Brasil nisso tudo? "Tamo" no meio do furacão, é claro. Nosso risco-país subiu 2,21%, e os investidores estrangeiros? Estão tirando o pé como se o chão estivesse pegando fogo. Não ajuda que estamos num ano eleitoral — mercado odeia incerteza mais que vampiro odeia alho.
E agora, José?
Para quem precisa comprar dólar (seja pra viagem, importação ou até Netflix), a dica é: respire fundo. Especialistas acham que pode ter mais turbulência pela frente, mas nada que justifique entrar em pânico. Algumas estratégias:
- Diversifique: Não coloque todos os ovos na cesta do dólar. Euro e até moedas emergentes podem ser opções.
- Acompanhe o Fed: As decisões de juros americanas em setembro serão cruciais — fique de olho.
- Proteja-se: Se for imprescindível ter dólar, considere comprar aos poucos (a famosa "média").
No fim das contas, o câmbio hoje parece aquela novela das nove — cheia de reviravoltas e personagens inesperados. Difícil prever o próximo capítulo, mas uma coisa é certa: vai dar assunto (e dor de cabeça) por um bom tempo.