
O mercado financeiro brasileiro viveu um dia de montanha-russa nesta quarta-feira (7). Enquanto o dólar comercial fechou no maior patamar dos últimos meses, o Ibovespa — principal índice da bolsa de valores — amargou uma queda expressiva que deixou muitos investidores de cabelo em pé.
Parece que o fantasma da volatilidade resolveu dar as caras por aqui. O dólar disparou como foguete de São João, fechando a R$ 5,43 — um aumento de 1,8% em relação ao dia anterior. Já o Ibovespa... bem, esse preferiu tomar um banho de mar gelado, despencando 2,3% e fechando em 117 mil pontos.
O que está por trás desse rebuliço?
Os especialistas apontam três fatores principais que estão tirando o sono do mercado:
- O cenário internacional — com a China mostrando sinais de desaceleração mais forte que o esperado
- As expectativas sobre os juros nos EUA — aquele velho suspense sobre quando o Fed vai decidir baixar os juros
- A situação fiscal brasileira — porque, vamos combinar, essa história de déficit público nunca sai de moda por aqui
"É uma tempestade perfeita", comenta o economista Carlos Mendes, da XP Investimentos. "Quando você junta incerteza global com preocupações domésticas, o resultado costuma ser esse: mercado nervoso e investidores com o dedo no gatilho."
E agora, José?
Para quem tem investimentos, a pergunta que não quer calar: é hora de entrar em pânico ou de aproveitar oportunidades? Alguns analistas veem nessa volatilidade uma chance para comprar ativos descontados — mas só para quem tem estômago forte e horizonte de longo prazo.
Já os mais conservadores recomendam cautela. "Em tempos de mar revolto, às vezes o melhor é ficar na praia observando", brinca a consultora financeira Ana Beatriz Torres.
Uma coisa é certa: os próximos dias prometem. Com a agenda econômica cheia de indicadores importantes — tanto no Brasil quanto no exterior —, dificilmente teremos um final de semana tranquilo para o mercado.