
E aí, galera? O Copom acabou de soltar a bomba — ou melhor, não soltou. Nesta quarta-feira (31), o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu, em um daqueles votos unânimes que a gente já até esperava, manter a Selic na casa dos 15% ao ano. Nada de surpresas, mas muita gente ainda tá se perguntando: "E agora, José?"
Pois é. Enquanto o mercado financeiro respira aliviado — ou finge que tá tudo sob controle —, o cidadão comum fica ali, no limbo, entre o preço do feijão e a prestação do carro. A decisão, claro, não veio sozinha. Acompanhada de um comunicado mais seco que biscoito de polvilho, o BC deixou claro que a inflação ainda é aquele visitante chato que não sabe a hora de ir embora.
Por que seguraram os cavalos?
Olha só, a coisa não tá fácil. Os números da economia brasileira parecem aquela montanha-russa quebrada do parque de diversões — sobe, desce, mas ninguém sabe se vai terminar o passeio inteiro. Com o IPCA (aquele índice que mede a inflação) ainda teimando em ficar acima do centro da meta, o Copom preferiu não arriscar. Melhor prevenir do que remediar, como diz minha avó.
E tem mais: a economia global tá parecendo um barco furado, com os EUA segurando os juros lá em cima e a China dando sinais de cansaço. Nesse cenário, o BC brasileiro resolveu jogar no seguro. Afinal, como diria o meme: "Não é burrice, é estratégia".
E o povão? Como fica?
Bom, se você tá esperando aquela choradeira sobre crédito mais caro, já pode ir pegando o lencinho. Taxa alta significa:
- Financiamento imobiliário? Sonho distante
- Cartão de crédito? Só se for pra chorar
- Empréstimo pessoal? Melhor pedir pro tio rico
Mas calma, nem tudo é desgraça. Para quem tem dinheiro guardado — sim, esses seres mitológicos ainda existem —, a caderneta de poupança e os CDBs continuam rendendo um trocado a mais. Pequeno consolo, eu sei.
No fim das contas, o Copom mostrou que prefere errar pelo excesso de cautela do que pela falta. E enquanto a inflação não der uma trégua, parece que vamos continuar nessa dança das cadeiras onde todo mundo sabe que alguma hora a música vai parar... mas ninguém sabe quando.