
Quem diria que o velho consórcio, aquele que sua avó desconfiava, viraria febre no interior paulista? Pois é — enquanto os juros dos bancos tradicionais assustam até os mais corajosos, essa modalidade tá dando um baile no Vale do Paraíba.
Sem aperto no orçamento
Diferente do empréstimo comum — aquele que te obriga a vender a alma (e o décimo terceiro) —, o consórcio funciona como uma vaquinha organizada. Você paga parcelas fixas e, quando é sorteado ou dá lance, pega seu bem sem surpresas desagradáveis no extrato.
"A gente viu que muita gente aqui da região tava endividada até o pescoço", conta Roberta, gerente de uma administradora em Taubaté. "Agora tão vindo famílias inteiras — do pai querendo carro novo à filha planejando a formatura".
Números que impressionam
- Crescimento de 28% nas adesões nos últimos 12 meses
- 70% dos contratos são para veículos (mas imóveis tão na cola)
- Tempo médio de contemplação caiu de 40 para 32 meses
E olha só que curioso: enquanto nas capitais o pessoal ainda torce o nariz, no interior a galera abraçou a ideia com força total. Será que é o jeito mais pé no chão de lidar com dinheiro?
Vantagens que ninguém te conta
Além da óbvia economia nos juros — que, convenhamos, já justificaria a escolha — tem um detalhe que pouca gente comenta: a disciplina financeira que o sistema cria. Como você sabe exatamente quanto vai pagar até o fim, fica mais difícil cair naquelas armadilhas do "só mais uma parcelinha".
Mas calma lá! Não é mar de rosas. Tem que ter paciência (aquela de jogar paciência mesmo) e planejamento. Como me disse um cliente em São José dos Campos: "Ou você domina o consórcio, ou ele te domina". Sábio, né?