Tarifaço na mira: 45% dos brasileiros temem piora na economia — o que esperar?
45% temem piora na economia por causa do tarifaço

O bolso do brasileiro não para de gemer — e os números confirmam o desânimo. Uma pesquisa recente jogou luz sobre o que muitos já sentiam na pele: 45% da população acredita, com um misto de resignação e apreensão, que a economia vai descer ladeira abaixo nos próximos meses.

O peso das contas no pescoço

Não é paranóia. O tal do "tarifaço" — esse monstro que assombra supermercados e postos de gasolina — virou o vilão do mês. E olha que a lista de antagonistas já estava cheia: dólar nas alturas, juros que não dão trégua, e aquela sensação de que o salário virou um lenço umedecido — estica, mas não limpa nada direito.

"É como se estivéssemos numa gangorra", diz Maria Silva, dona de uma mercearia no Brás, enquanto reorganiza produtos cujos preços mudaram três vezes na semana. "Quando sobe um pouco o ânimo, vem outra notícia e pumba — o chão some de novo."

Os números que doem

  • 7 em cada 10 entrevistados cortaram gastos com lazer
  • 53% adiaram compras de eletrodomésticos
  • 1 em cada 3 famílias reduziu consumo de carne

E tem mais: os especialistas — esses seres que vivem de gráficos e planilhas — apontam que o pessimismo não vem do nada. A combinação perigosa entre inflação teimosa e juros altos criou um cenário que até o mais otimista dos economistas franze a testa.

E agora, José?

Enquanto o governo fala em "ventos favoráveis" — expressão que já virou piada nos grupos de WhatsApp —, o cidadão comum faz contas no caderninho (ou no app do banco, que dói igual). A pergunta que não quer calar: quando essa maré vai virar?

"Acredito que o pior ainda está por vir", dispara o economista Carlos Mendes, entre um gole de café requentado e olhares preocupados. "Mas calma — não é para entrar em pânico. É para se preparar."

Dica dele? Ficar de olho nos gastos como um gato fica de olho no passarinho. E torcer — porque rezar, no Brasil de hoje, já virou artigo de primeira necessidade.