
Do nada, como um trovão em céu azul, a Venezuela decidiu cobrar taxas extras sobre produtos vindos do Brasil. E o pior? Ninguém avisou os brasileiros antes. Parece até aquela história de cobrar pedágio depois que o carro já passou, não é?
Segundo fontes do setor exportador, os venezuelanos simplesmente acordaram e resolveram mudar as regras do jogo. "Foi um balde de água fria", desabafa um empresário que prefere não se identificar — afinal, ninguém quer criar caso com cliente, mesmo quando ele age feito um namorado ciumento.
O que está sendo taxado?
De alimentos a materiais de construção, a lista não é pequena. E olha que ironia: muitos desses produtos ajudam justamente a manter a frágil economia venezuelana de pé. É tipo cortar o galho onde está sentado, só que em escala internacional.
- Alimentos processados
- Materiais de construção
- Produtos farmacêuticos
- Peças automotivas
O governo brasileiro — que, diga-se de passagem, ficou sabendo pela imprensa — ainda está tentando entender o que diabos aconteceu. Enquanto isso, os exportadores ficam entre a cruz e a espada: ou aceitam o golpe no preço ou perdem um mercado que, convenhamos, já não estava nenhuma maravilha.
E agora, José?
Analistas econômicos arriscam alguns palpites sobre as razões por trás da jogada:
- Tentativa de proteger a indústria local (que, francamente, está mais para paciente terminal)
- Pressão política disfarçada de medida econômica
- Pura e simples necessidade de arrecadar — afinal, quando o cofre está vazio, até moeda de 1 centavo faz diferença
Seja como for, o fato é que essa novela tem tudo para dar pano pra manga. Enquanto os diplomatas trocam e-mails educados (leia-se: cheios de indireta), os empresários brasileiros precisam decidir se vale a pena continuar nesse relacionamento tão complicado.
Uma coisa é certa: quando o assunto é Venezuela, sempre espere o inesperado. Ou, como diria meu avô, "com esse vizinho, até travesseiro precisa de cadeado".