
Parece que a história gosta de se repetir — e nem sempre de forma agradável. Em 2025, o Brasil acorda com um déjà vu econômico: as temidas tarifas de Donald Trump estão de volta. E, desta vez, o país parece menos preparado do que nunca.
Não é exagero dizer que o clima é de "cautela com pitadas de desespero" nos corredores do Planalto e do Itamaraty. Afinal, quem viveu 2018–2020 sabe o estrago que essas medidas podem causar.
O que muda na prática?
Para o cidadão comum, a conta chega rápido:
- Produtos importados dos EUA até 20% mais caros (e isso inclui desde iPhones até peças para tratores)
- Retaliações brasileiras que podem afetar exportações cruciais
- Um dólar que parece ter vontade própria — e não das melhores
E o pior? Ninguém sabe direito até quando esse filme vai durar. "É como tentar prever o tempo em plena seca — só sabemos que vai doer", brinca (sem graça) um economista do setor agrícola.
Setores mais impactados
O agronegócio, claro, está na linha de frente. Mas não é só:
- Automotivo: Peças e veículos com preços nas alturas
- Tecnologia: Equipamentos mais caros para empresas e consumidores
- Químico: Insumos industriais com aumento médio de 15%
E tem um detalhe cruel — muitos desses setores ainda se recuperavam dos efeitos da pandemia. "É como levar um soco no estômago depois de uma maratona", compara uma empresária do ramo de autopeças.
E o governo? O que diz?
O Palácio do Planalto tenta acalmar os ânimos, mas as palavras soam meio... vazias. O ministro da Economia garante que "há planos B, C e D" (mas não entra em detalhes). Já o Itamaraty fala em "diálogo contínuo" — o que, traduzindo, significa "estamos tentando, mas não é fácil".
Enquanto isso, nas ruas, a pergunta que não quer calar: será que vamos pagar outra vez o pato por uma briga que não começamos? O tempo — e o bolso — dirão.