Parece que o velho ditado "quando os EUA espirram, o mundo pega pneumonia" vai ganhar mais um capítulo no Rio Grande do Sul. Um estudo recente – daqueles que deixam economistas acordados à noite – mostrou que 85% da produção industrial do estado vai sentir o baque das novas tarifas impostas por Donald Trump.
Não é como se isso fosse uma surpresa total, claro. Desde que o ex-presidente americano começou a falar em "proteger a indústria nacional", o setor exportador brasileiro já sentia o calafrio. Mas os números agora colocam a situação em perspectiva:
- Setores como calçados, móveis e autopeças no topo da lista de impactados
- Produtos com valor agregado médio são os mais vulneráveis
- Algumas exceções trazem alívio pontual, mas não mudam o panorama geral
O que isso significa na prática?
Imagine você, dono de uma fábrica de componentes automotivos em Caxias do Sul. Seus produtos que antes eram competitivos no mercado americano agora podem ficar até 15% mais caros. E aí? Ou você absorve o prejuízo ou perde contratos – nenhuma das opções é exatamente animadora.
O estudo – conduzido por uma equipe de economistas que preferiu não ser identificada – aponta que as pequenas e médias empresas serão as mais atingidas. Justo elas, que já enfrentam dificuldades com juros altos e burocracia interna.
E as exceções?
Ah, sim, elas existem. Alguns nichos específicos – principalmente na área de tecnologia agrícola – até saem ilesos. Mas convenhamos: não é como se isso fosse suficiente para equilibrar a balança. Como me disse um empresário que prefere manter o anonimato: "É como comemorar não ter sido atingido por um meteoro enquanto sua casa pega fogo".
O governo estadual já sinalizou que vai buscar alternativas, mas entre o discurso e a prática... bem, você conhece o ditado. Enquanto isso, os industriais gaúchos fazem as contas e torcem para que isso seja apenas mais uma tempestade passageira no turbulento comércio internacional.
