O mercado financeiro brasileiro voltou a ajustar suas expectativas para a inflação em 2025, sinalizando mais alívio no horizonte econômico. O Boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central divulgada nesta segunda-feira (27), trouxe uma redução na projeção do IPCA para o próximo ano.
Queda consistente nas expectativas
A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 caiu de 4,57% para 4,56%. Embora a mudança seja pequena, ela representa a segunda semana consecutiva de ajuste para baixo nas projeções dos economistas.
Para 2024, a previsão se manteve estável em 3,93%, mantendo-se abaixo do centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Crescimento econômico também revisado
As perspectivas para o crescimento da economia brasileira também foram ajustadas. A projeção para o crescimento do PIB em 2025 recuou de 2,50% para 2,26%, indicando uma visão mais cautelosa sobre o ritmo de expansão econômica no próximo ano.
Para 2024, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto permaneceu em 2,09%, refletindo a expectativa de uma recuperação moderada da atividade econômica.
Taxa de juros mantida no radar
Os especialistas consultados pelo BC mantiveram inalterada a projeção para a taxa básica de juros (Selic) no próximo ano, estimada em 9,25% ao ano. Para o final de 2024, a expectativa também se manteve em 9,25%.
Essa estabilidade nas projeções de juros reflete a avaliação do mercado de que o Banco Central deve manter sua postura cautelosa na condução da política monetária.
Impactos no bolso do brasileiro
A trajetória de queda nas expectativas de inflação é uma boa notícia para os consumidores, pois sinaliza menor pressão sobre os preços de produtos e serviços no médio prazo. Com inflação sob controle, o poder de compra tende a ser preservado e o ambiente econômico se torna mais previsível.
As projeções do Focus são acompanhadas de perto pelo mercado e pelo governo, servindo como termômetro das expectativas econômicas e influenciando decisões de investidores, empresas e formuladores de políticas públicas.
