
A China está ampliando sua presença no setor de mineração brasileiro em uma corrida bilionária por minerais estratégicos, essenciais para a produção de tecnologias verdes e dispositivos eletrônicos. Empresas chinesas têm adquirido participações em minas e projetos de exploração, especialmente de lítio e nióbio, visando garantir o controle de cadeias de suprimentos globais.
Investimentos em alta
Nos últimos anos, o Brasil tornou-se um alvo prioritário para investimentos chineses em mineração. Segundo dados do setor, empresas como a CITIC Metal e a Ganfeng Lithium já injetaram bilhões de dólares em projetos locais, buscando reduzir a dependência de fornecedores ocidentais.
Foco no lítio e nióbio
O lítio, crucial para baterias de veículos elétricos, e o nióbio, usado em ligas de aço de alta resistência, estão no centro dessa estratégia. O Brasil possui algumas das maiores reservas mundiais desses minerais, atraindo a atenção de investidores globais.
Impacto na economia brasileira
Esses investimentos trazem oportunidades e desafios para o Brasil:
- Geração de empregos: Novos projetos criam vagas em regiões mineradoras.
- Receita fiscal: Aumento na arrecadação de royalties e impostos.
- Preocupações ambientais: Crescimento da mineração exige maior fiscalização.
- Dependência econômica: Risco de concentração em um único mercado comprador.
Geopolítica dos minerais
A movimentação chinesa ocorre em um contexto global de disputa por recursos minerais estratégicos. Enquanto países ocidentais buscam diversificar suas cadeias de suprimentos, a China avança para consolidar sua posição dominante no setor.
Especialistas alertam que o Brasil precisa desenvolver uma estratégia clara para seus recursos minerais, equilibrando interesses econômicos com soberania nacional e sustentabilidade ambiental.