
Começou nesta quarta-feira (4) o vazio sanitário no estado de Mato Grosso, um período crítico de 90 dias sem cultivo de soja para prevenir a disseminação da ferrugem asiática, uma das pragas mais devastadoras para a agricultura.
A medida, estabelecida pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT), é essencial para proteger as lavouras e garantir a produtividade na próxima safra. Durante esse período, os produtores rurais estão proibidos de manter plantas vivas de soja em suas propriedades.
Por que o vazio sanitário é importante?
A ferrugem asiática é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi e pode causar perdas de até 90% na produção se não for controlada. O vazio sanitário interrompe o ciclo do fungo, reduzindo sua proliferação.
O que os produtores devem fazer?
- Eliminar todas as plantas voluntárias de soja (guaxas) em suas propriedades;
- Não semear soja durante o período do vazio sanitário;
- Monitorar suas áreas regularmente;
- Notificar o Indea-MT em caso de suspeita da praga.
Consequências do descumprimento
Produtores que não respeitarem as normas podem receber multas que variam de R$ 1 mil a R$ 50 mil, dependendo da área cultivada. Além disso, o descumprimento coloca em risco toda a cadeia produtiva do estado, que é o maior produtor de soja do país.
O vazio sanitário em Mato Grosso segue até 4 de setembro, período que coincide com a estação seca, quando a proliferação do fungo é mais difícil.