O setor do agronegócio está em alerta com uma proposta que pode taxar as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), principal instrumento de financiamento rural no Brasil. A medida, ainda em discussão, preocupa produtores e especialistas, que veem riscos para a competitividade do campo.
Impacto direto no crédito rural
As LCAs são títulos de renda fixa isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas, o que as torna atrativas para investidores. Essa isenção viabiliza taxas de juros mais baixas para os produtores rurais.
"A taxação das LCAs representaria um golpe duríssimo no crédito rural", afirma João Silva, economista especializado em agronegócio. "O custo do financiamento aumentaria em até 30%, prejudicando principalmente os pequenos e médios produtores."
Reação do setor
Entidades representativas já manifestaram preocupação:
- A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) alerta para redução na oferta de crédito
- Associações de produtores temem perda de competitividade internacional
- Bancos avaliam impacto em suas carteiras rurais
Cenário econômico preocupante
A discussão ocorre em um momento delicado para o agronegócio brasileiro:
- Custos de produção em alta
- Pressões internacionais por sustentabilidade
- Necessidade de modernização tecnológica
"Sem acesso a crédito barato, muitos produtores não conseguirão se manter", adverte Maria Oliveira, consultora do setor. "Isso pode levar a uma redução na produção e aumento dos preços dos alimentos."
Próximos passos
O governo ainda não confirmou a medida, mas o tema deve ser discutido nas próximas semanas no Congresso Nacional. Enquanto isso, o setor se mobiliza para apresentar alternativas que não comprometam o financiamento agrícola.
