Safra da tainha em SC chega ao fim com cotas quase esgotadas e pescadores em pé de guerra
Safra da tainha em SC termina com cotas no limite

Aquele cheiro de maresia e o vai-e-vem dos barcos na costa catarinense já têm data marcada para acabar — pelo menos quando o assunto é a tainha. A safra 2024, que movimentou o litoral do estado, encerrou com números que deixaram muita gente de cabelo em pé.

Quase 90% das cotas foram consumidas, um recorde que nem os mais antigos no ramo esperavam. E olha que a discussão sobre o aumento da cota de arrasto — aquela rede que varre o mar — virou quase uma novela mexicana entre os pescadores.

O que sobrou no balaio?

Dos 5.300 toneladas autorizadas, só restaram míseras 600 toneladas. Um aperto que fez até o mais experiente dos pescadores coçar a cabeça. "Nunca vi coisa igual", confessou João, um veterano de Itajaí que há 40 anos tira o sustento do mar.

E não foi só a quantidade que chamou atenção. O preço do quilo da tainha no varejo chegou a bater R$ 40 em alguns mercados — coisa de louco, né? Mas tem explicação: com a procura lá em cima e a oferta no limite, a lei da oferta e demanda fez a festa dos comerciantes.

A briga pelo arrasto

Enquanto isso, a turma do arrasto tá com os nervos à flor da pele. Eles querem aumentar sua cota de 30% para 50% do total permitido. "É questão de sobrevivência", argumenta o presidente da Colônia de Pescadores Z-3, em Florianópolis.

Mas os artesanais, que pescam com linhas e pequenas redes, torcem o nariz. "Isso vai acabar com a gente", dispara uma pescadora de Penha, enquanto conserta suas redes na beira da praia. A briga promete esquentar nos próximos meses.

E você, o que acha? Será que o aumento do arrasto é justo ou vai acabar com os pequenos? Deixa nos comentários — ou melhor, pergunta pro seu peixeiro de confiança na próxima feira livre!