
Quem diria que um fruto tão pequeno poderia causar tanto rebuliço? No Espírito Santo, o morango in natura virou notícia — e não é por seu sabor doce, mas pelo preço que está dando água nos olhos dos consumidores. Só nos últimos dias, o valor subiu mais que pipoca no micro-ondas, deixando muita gente se perguntando: o que está por trás dessa escalada?
Segundo dados do mercado local, o quilo do morango — aquele mesmo que a gente ama colocar no bolo ou bater no liquidificador — chegou a custar o dobro em algumas regiões. "Parece que virou artigo de luxo", brinca Dona Maria, aposentada que sempre comprava a fruta para os netos. Agora, ela conta nos dedos quantas vezes ainda pode levar o produto para casa.
O que explica essa loucura nos preços?
Bom, a história não é simples como parece. Especialistas apontam um mix de fatores:
- Clima desregulado: As chuvas fora de época bagunçaram a produção em Minas Gerais — principal fornecedor para o ES — reduzindo a oferta
- Custo do frete: Com o diesel nas alturas, transportar a fruta ficou mais caro que figurinha de álbum da Copa
- Demanda aquecida: Parece que todo mundo resolveu adotar hábitos mais saudáveis de uma vez só
"É aquela velha história: quando a oferta não acompanha a procura, o preço vai para o espaço", explica o economista agrícola Roberto Almeida, enquanto ajusta os óculos. Ele ainda arrisca: "Se o tempo não ajudar, pode piorar antes de melhorar".
E os produtores? Estão nadando em dinheiro?
Nem tanto. Apesar do valor de venda mais alto, os custos de produção também deram um salto — insumos agrícolas, mão de obra, embalagens... Tudo pesa no bolso. "A gente até vende mais caro, mas gasta muito mais para produzir", desabafa o agricultor João da Silva, enquanto colhe morangos em sua propriedade em Domingos Martins.
Para piorar, a safra não está das melhores. "Algumas plantas simplesmente não aguentaram o excesso de chuva", conta ele, mostrando pés de morango com frutos menores que o normal.
E agora, José?
Enquanto isso, nos supermercados capixabas, a cena se repete: consumidores pegam a bandeja, olham o preço, hesitam e muitas vezes devolvem ao refrigerador. "Prefiro esperar baixar", diz a estudante Luísa, que adorava seu smoothie matinal.
Alternativas? Alguns estão optando por polpas congeladas ou frutas da época. Outros — mais afoitos — continuam comprando, mesmo reclamando. "Meus filhos não vivem sem", justifica a mãe de três filhos Ana Cláudia, enquanto coloca duas bandejas no carrinho.
E você? Já sentiu no bolso essa disparada dos morangos? Conta pra gente nos comentários!