
Parece brincadeira, mas não é: o tal do Morango do Amor virou febre instantânea em Mato Grosso do Sul. Nessa quarta-feira (25), o rush na Ceasa foi digno de filme — 18 mil bandejas sumiram das bancas em tempo recorde. Uma hora. Só isso.
"Nunca vi nada igual", confessa o feirante João da Silva, ainda atordoado enquanto reorganiza as caixas vazias. "Chegou o caminhão às 5h30, e antes das 6h30 já tava tudo vendido. Até meu ajudante ficou com os braços dormentes de tanto embalar."
O segredo da fruta que conquistou o coração (e o paladar) sul-mato-grossense
Dizem por aí que o diferencial tá no sabor — doce, mas com aquele azedinho que faz você fechar os olhos e suspirar. Mas tem mais: a textura cremosa (sem aquela sensação farinhenta de morango velho) e o cheiro que invade a cozinha inteira.
- Produzido em estufas climatizadas em Chapadão do Sul
- Colhido maduro (nada daqueles morangos brancos por dentro)
- Embalado manualmente para evitar machucados
E olha que curioso: os produtores apostaram numa embalagem rosa-choque com corações — daí o nome "Morango do Amor". "Parece bobeira, mas a apresentação faz diferença", ri a dona de casa Marta Alves, exibindo duas bandejas no carrinho. "Comprei pra presentear minha sogra. Se é do amor, tem que compartilhar, né?"
Efeito dominó no mercado
Enquanto isso, nos supermercados da capital... caos. "Tá pior que venda de iPhone novo", brinca o gerente de um atacadão, onde a fila dobrou a esquina antes mesmo da abertura. O preço? Entre R$12 e R$15 a bandeja — considerada justa pelos consumidores, ainda mais pelo tamanho generoso dos frutos.
Psicólogos até arriscam uma explicação: "Tem um fator sazonal emocional", analisa Dra. Renata Campos. "Julho é mês de férias, as pessoas estão mais abertas a pequenos prazeres. E morango vermelho vivo no inverno? É como um abraço em forma de fruta."
Restaurantes finos já incluíram a iguaria em cardápios especiais — tem desde fondue até drinks com a fruta. E os agricultores? Sorrindo à toa. "Ano que vem a gente amplia a produção", promete o cooperado Arnaldo Ribeiro, enquanto conta pilhas de notas. "Mas esse lote já entrou pra história."