Exportação de carne brasileira para os EUA despenca 80% em apenas três meses — o que está por trás dessa queda?
Exportação de carne para EUA cai 80% em três meses

Parece que o churrasco dos americanos está menos brasileiro ultimamente. Em apenas três meses, a exportação de carne bovina do Brasil para os Estados Unidos sofreu uma queda de 80% — sim, você leu certo, oitenta por cento! O que era um fluxo constante virou um fiozinho de esperança para os pecuaristas.

Segundo dados do Ministério da Agricultura, entre abril e junho deste ano, o volume despencou de 25 mil toneladas para míseras 5 mil. Algo cheira mal — e não é só a carne.

O que explica esse tombo histórico?

Especialistas apontam três fatores que estão dando nó no couro do agronegócio:

  • Barreiras sanitárias: Os EUA aumentaram a fiscalização após casos isolados de atypical BSE (aquele mal da vaca louca, lembra?).
  • Custo do frete: Com a crise logística global, transportar carne ficou mais caro que filé mignon.
  • Concorrência: Austrália e Argentina estão oferecendo preços mais doces — literalmente.

"É como se tivéssemos levado um pé na bunda do mercado americano", brinca (ou chora) o pecuarista mineiro João Bosco, enquanto ajusta o chapéu de vaqueiro. Ele exportava 50 contêineres por mês e agora mal fecha 10.

Efeito dominó no campo

Nas fazendas, o clima é de aperto:

  1. Preços internos caíram 12% desde maio
  2. Frigoríficos reduziram turnos de trabalho
  3. Custos de produção continuam nas alturas — o milho pra ração tá um absurdo!

Enquanto isso, no Planalto Central, o governo tenta acalmar os ânimos. "Estamos negociando novos protocolos", diz um técnico do MAPA que preferiu não ser identificado. Só que, entre falar e fazer, existe um abismo — e o tempo está contra.

Será que o Brasil vai reconquistar seu lugar no prato dos americanos? Ou teremos que engolir esse prejuízo como boi engole capim? A resposta pode estar no próximo trimestre.