
Parece que o mundo não consegue resistir a um bom bife brasileiro — e os números de julho provam isso. Enquanto muita gente reclamava das tarifas lá fora, nosso setor de carne bovina decidiu fazer bonito e bateu um recorde histórico nas exportações. Coisa de 203 mil toneladas embarcadas, um salto de quase 15% comparado ao mesmo período do ano passado. Quem diria, hein?
O que tá por trás desse boom?
Primeiro, a China — claro — continua com aquela fome insaciável por proteína de qualidade. Mas não é só isso. Os embarques para os Estados Unidos, que andavam meio capengas, deram uma reviravolta impressionante: 128% de aumento! Parece que o Tio Sam redescobriu o sabor (e o preço competitivo) da nossa carne.
Ah, e tem mais:
- A demanda doméstica deu uma segura nas altas — sobrou mais produto pra exportação
- O dólar ajudou, deixando nossos preços ainda mais atraentes lá fora
- Os frigoríficos se adaptaram rápido às novas exigências sanitárias
E as tarifas? Não atrapalharam?
Bom, aqui entra o pulo do gato. Apesar dos impostos extras em alguns mercados — olá, México — a qualidade premium da carne brasileira compensou o custo adicional. Como dizem os especialistas: "Quando o produto é bom, o cliente paga". E parece que pagam mesmo.
Detalhe curioso: os cortes mais valorizados (como o contrafilé) puxaram esse crescimento. Não é que o mundo tá ficando gourmet com carne brasileira?
E agora, o que esperar?
Os analistas tão divididos. Uns acham que vem mais recorde por aí, especialmente com a temporada de churrascos no hemisfério norte. Outros torcem o nariz para possíveis novas barreiras comerciais. Mas uma coisa é certa — o agro brasileiro tá mostrando que sabe jogar no campo dos grandes, mesmo quando as regras mudam no meio do jogo.
E você, já parou pra pensar que aquele seu churrasco de final de semana tem algo em comum com os hábitos alimentares de um executivo em Xangai? O mundo tá mesmo pequeno — e faminto por carne boa.