Brasil rumo ao topo: ex-ministro garante liderança mundial em segurança alimentar
Brasil rumo ao topo da segurança alimentar mundial

Num momento em que o mundo debate crises climáticas e escassez de recursos, o Brasil surge como um farol de esperança. Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e atual coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, soltou a voz em um evento recente: "O Brasil não só tem potencial para se tornar o maior produtor de alimentos do planeta como será o campeão mundial em segurança alimentar". E não foi só otimismo barato — ele trouxe números que impressionam até os mais céticos.

O jogo virou

Enquanto Europa e EUA patinam com custos astronômicos e limitações territoriais, nosso país tem uma combinação rara: terra, água, tecnologia e mão de obra qualificada. Rodrigues não economizou nos exemplos: "Temos 60 milhões de hectares de pastagens degradadas que podem virar áreas agrícolas sem derrubar uma árvore sequer". Convenhamos, é um trunfo e tanto.

Mas calma lá — não é só plantar e colher. O ex-ministro enfatizou (e como!) a necessidade de políticas públicas inteligentes. "Precisamos de logística eficiente, pesquisa aplicada e, principalmente, valorização dos nossos produtores rurais", disparou, com aquela convicção de quem já esteve no olho do furacão.

Os números que impressionam

  • O Brasil alimenta atualmente 800 milhões de pessoas globalmente
  • Até 2050, poderá suprir demandas de 1 bilhão de seres humanos
  • Temos a menor pegada de carbono por tonelada produzida entre os grandes players

Não é à toa que Rodrigues soltou uma pérola: "Enquanto outros países jogam no modo survival, o Brasil está no creative mode do Minecraft agrícola". A analogia geek caiu como uma luva para descrever nossa vantagem competitiva.

Os desafios no caminho

Claro que nem tudo são flores — ou melhor, soja e milho. O ex-ministro alertou para armadilhas que podem atrapalhar esse voo: burocracia emperrando inovações, infraestrutura capenga em algumas regiões e, pasmem, falta de mão de obra especializada em pleno século XXI. "Temos que profissionalizar o campo como nunca antes", martelou.

E tem mais — Rodrigues foi direto ao ponto sobre imagem internacional: "Precisamos combater a desinformação sobre nosso agronegócio com fatos e transparência". A julgar pelo tom de voz, essa parece ser uma das batalhas que mais o incomodam.

No final das contas, a mensagem ficou clara como água de nascente: o Brasil tem todas as cartas na manga para se tornar o garçom do banquete global. Resta saber se vamos jogar esse jogo com a competência que o momento exige. Como diria o próprio Rodrigues: "A bola está no nosso pé — ou melhor, no nosso trator".