
Quem diria que a aposentadoria, muitas vezes vista como um momento de descanso, poderia se transformar em uma aventura cheia de sabor? Foi exatamente isso que aconteceu com João Silva, 68 anos, que trocou o sofá pela enxada e descobriu uma paixão inesperada: cultivar morangos.
— No começo, era só para passar o tempo — confessa João, com as mãos cheias de terra e um sorriso que não sai do rosto. — Mas quando vi aquelas primeiras folhinhas verdes brotando, meu coração disparou!
Do quintal para a mesa
O que começou como um hobby modesto virou uma verdadeira plantação. Seu sítio, antes um terreno sem graça nos arredores de Campo Grande, agora parece um tapete vermelho — só que de morangos. E não é qualquer morango: são doces, suculentos e cultivados sem agrotóxicos.
— Minha neta diz que parece que colho gotas de mel da terra — ri o aposentado, orgulhoso.
O segredo? Paciência e carinho
João revela que o segredo está no tratamento quase maternal que dá às plantas:
- Acorda antes do sol nascer para regar
- Canta para as mudas (sim, você leu certo!)
- Faz uma mistura especial de adubo com restos de comida
— Eles gostam de café frio, sabia? — sussurra, como se contasse um segredo de estado.
Impacto na comunidade
A paixão de João contagiou o bairro. Vizinhos que nunca tinham pisado numa horta agora aparecem para:
- Aprender técnicas de cultivo
- Levar mudas para casa
- Trocar receitas (a geleia caseira dele é famosa!)
— Nunca imaginei que meus morangos iriam unir as pessoas — emociona-se o agricultor de primeira viagem.
E pensar que tudo começou com um pacote de sementes comprado por impulso no mercado! Agora, o sítio de João é parada obrigatória para quem quer provar o que há de melhor na agricultura urbana em Campo Grande.