O setor cafeeiro internacional vive um dos seus momentos mais tensos dos últimos anos. Passados 85 dias da implementação de tarifas de 25% sobre o café verde do Brasil, importadores norte-americanos enfrentam uma crise financeira sem precedentes.
Prejuízos que contam milhões
As empresas dos Estados Unidos que dependem do grão brasileiro acumulam perdas milionárias. Muitas foram pegas de surpresa pela medida, tendo que honrar contratos já firmados antes do anúncio das tarifas.
"O Brasil não está pagando. Eu estou", desabafa um importador, resumindo o sentimento de frustração que toma conta do setor. A situação se tornou insustentável para diversas empresas que veem suas margens de lucro desaparecerem.
Mobilização do setor cafeeiro brasileiro
Do lado brasileiro, o Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé) trabalha intensamente para encontrar uma solução. A entidade mantém diálogo constante com autoridades brasileiras e representa os interesses dos exportadores nacionais.
O Brasil, como maior produtor e exportador mundial de café, tem papel fundamental no mercado global. Qualquer alteração no fluxo comercial do grão brasileiro afeta diretamente toda a cadeia produtiva internacional.
Impacto nos preços ao consumidor
Especialistas alertam que, se a situação persistir, os consumidores americanos poderão sentir o impacto no bolso. O aumento nos custos de importação inevitavelmente será repassado aos preços finais do produto nas gôndolas dos supermercados e cafeterias.
Busca por soluções
Enquanto isso, cresce a pressão por uma resolução rápida do impasse. Importadores americanos esperam que o governo Biden reveja a medida ou encontre uma forma de compensar os prejuízos acumulados.
O cenário atual serve como alerta para a interdependência do comércio global de commodities. O café brasileiro, reconhecido mundialmente por sua qualidade, mostra-se insubstituível no mercado internacional, criando um impasse que preocupa ambos os lados do negócio.