
O aumento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel, que passou de 12% para 14%, está gerando preocupação no setor de combustíveis. Especialistas alertam para um possível crescimento de fraudes, já que a diferença de preço entre os produtos pode incentivar adulterações.
De acordo com representantes do setor, o biodiesel é mais caro que o diesel comum, o que pode levar postos e distribuidores a burlar a legislação para reduzir custos. "Há um risco real de que alguns agentes econômicos tentem diminuir a porcentagem de biodiesel na mistura para obter vantagem financeira", explica um especialista do setor.
Impactos no mercado e na fiscalização
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já sinalizou que intensificará a fiscalização para coibir possíveis irregularidades. No entanto, o setor argumenta que a estrutura atual pode não ser suficiente para garantir o cumprimento da nova regra.
Além disso, há preocupações sobre os efeitos da medida no preço final para o consumidor. Embora o governo afirme que o impacto será mínimo, especialistas alertam que qualquer variação nos custos pode ser repassada aos postos.
Desafios para o setor
O aumento da mistura de biodiesel faz parte de uma estratégia do governo para reduzir as emissões de poluentes e fortalecer o agronegócio. No entanto, a transição exige adaptações tanto da indústria quanto dos postos de combustíveis.
- Custos operacionais: Postos precisam ajustar equipamentos para lidar com a nova mistura.
- Fiscalização: ANP terá que ampliar testes em laboratórios para detectar fraudes.
- Consumidor final: Possível impacto nos preços pode gerar insatisfação.
Enquanto isso, associações do setor pedem diálogo com o governo para evitar distorções no mercado e garantir que a medida cumpra seu objetivo sem prejudicar a cadeia produtiva.