
Quem diria que o coração da Amazônia bateria tão forte no ritmo das motocicletas? Os números que acabam de vir à tona são de deixar qualquer um de queixo caído. O Polo Industrial de Manaus — aquele mesmo que já foi chamado de 'pulmão econômico' do Norte — acaba de registrar um crescimento que beira o inacreditável.
Nos primeiros sete meses de 2025, as linhas de produção despejaram nas ruas nada menos que 124% a mais de motos em comparação com o mesmo período do ano anterior. É como se cada fábrica tivesse engolido um pote de vitaminas industriais!
Os bastidores do fenômeno
A Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), que sempre tem os dedos no pulso do setor, aponta três fatores principais para essa explosão:
- Demanda reprimida — depois de anos minguados, o consumidor voltou com fome de metal entre as pernas
- Linhas de crédito — os bancos afrouxaram o cinto (só um pouquinho) para financiamentos
- Novos modelos — as fábricas apostaram em designs mais arrojados e tecnologias verdes
Não é todo dia que a gente vê números assim, né? Marcelo Almeida, um dos operários mais antigos do polo, contou entre um café e outro: "Tá tendo hora extra pra todo mundo. Até a moçada do estoque tá com os pés nas costas".
Efeito dominó na economia local
O rebuliço nas fábricas já começa a transbordar para outros setores. Pequenas oficinas mecânicas estão contratando, lojas de acessórios vivem cheias, e até os vendedores de capacete — esses eternos esquecidos — estão sorrindo mais.
Mas calma lá que nem tudo são flores. Especialistas alertam: "Crescimento rápido exige planejamento rápido". O aumento na frota pode significar mais pressão sobre o já complicado trânsito manauara. E aí, será que a infraestrutura vai dar conta?
Uma coisa é certa: enquanto o país discute recessão lá embaixo, o Norte parece ter encontrado seu próprio ritmo de crescimento — sobre duas rodas e com o vento da Amazônia nas costas.