A partir desta sexta-feira (1º/08), o brasileiro vai abastecer o carro com uma gasolina um pouco diferente. O governo federal decidiu aumentar o percentual de etanol anidro na gasolina comum de 27% para 30% — uma mudança que, embora pareça pequena, pode dar o que falar.
E não é só isso. O diesel também vai ganhar uma dose extra de biodiesel, passando de 12% para 14%. A medida, que já estava prevista no calendário do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), entra em vigor agora e promete mexer com o mercado de combustíveis.
Por que aumentar a mistura?
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a mudança tem dois objetivos principais:
- Reduzir emissões poluentes: biocombustíveis emitem menos CO₂ que derivados de petróleo;
- Incentivar o agronegócio: Brasil é líder em produção de etanol e biodiesel.
"É uma jogada inteligente, mas que pode ter efeitos colaterais", comenta um especialista do setor que preferiu não se identificar. "Por um lado, ajuda o meio ambiente. Por outro, pode encarecer a produção — e quem paga a conta é sempre o consumidor."
E o preço na bomba?
Ah, essa é a pergunta que não quer calar! Oficialmente, o governo garante que o reajuste não deve impactar significativamente o valor final. Mas vamos combinar: quando é que aumento de custo não acaba sobrando para o nosso bolso?
Alguns postos já sinalizaram que podem repassar parte do custo — especialmente em regiões onde o etanol está mais caro. Já o biodiesel... bem, esse é outro capítulo. Com a alta da soja (matéria-prima do biodiesel), a conta pode ficar salgada.
Vai mudar a qualidade?
Para o motorista comum, provavelmente não. Os carros flex já estão acostumados com altos teores de etanol. E os motores a diesel modernos também lidam bem com biodiesel.
Mas atenção, donos de carros antigos! Se seu veículo foi fabricado antes de 2009, vale ficar de olho. Alguns modelos podem apresentar problemas com a nova mistura — principalmente se o combustível ficar parado no tanque por muito tempo.
E aí, o que você acha dessa mudança? Boa para o planeta, ruim para o bolso, ou será que dá para ter os dois? O tempo — e o preço na bomba — vão dizer.
