Economia não pode ser refém de crises políticas, alerta CNA: entenda os riscos
CNA: economia não pode ser refém de crises políticas

Não é de hoje que o Brasil vive no sobressalto. A cada nova crise política — e elas não são poucas —, o setor produtivo segura a respiração. Mas até quando? A pergunta ecoa nos corredores da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que soltou o verbo esta semana: a economia não pode ser refém de picuinhas pessoais ou brigas de poder.

"Estamos cansados de ser joguete", dispara um representante da entidade, que prefere não se identificar. E não é para menos. Enquanto o país patina em discussões intermináveis, o agronegócio — responsável por quase um terço do PIB nacional — segue carregando as contas nas costas. Sozinho.

O preço da instabilidade

Imagine você planejar uma safra inteira sem saber se as regras do jogo vão mudar amanhã. É assim que muitos produtores rurais se sentem. "A gente planta, colhe e torce", diz um agricultor de Goiás, entre um gole de café amargo. "Mas e se o governo resolver inventar moda no meio do caminho?"

Os números não mentem:

  • Em 2023, o agro cresceu 3 vezes mais que a média nacional
  • Mesmo assim, os investidores estrangeiros seguem com o pé atrás
  • "Eles temem a próxima crise política como o diabo foge da cruz", brinca um economista

O que a CNA propõe?

Não se trata de pedir favor, mas de exigir o óbvio. A entidade defende:

  1. Políticas de Estado (não de governo) para o setor
  2. Menos discursos inflamados e mais ações concretas
  3. Um ambiente previsível para quem produz

"Tá na hora de botar as barbas de molho", alerta a CNA. Porque enquanto o Brasil briga por bobagens, nossos concorrentes — Argentina, EUA, China — não perdem tempo. E olha que eles também têm seus problemas políticos, hein? A diferença é que lá, a economia vem em primeiro lugar.

Será que um dia a gente aprende?