
Parece que o café brasileiro está ficando mais amargo para os importadores estrangeiros. Desde que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou aquelas tarifas pesadas — sabe como é, do nada, como ele sempre fazia —, o nosso país já deixou de embarcar nada menos que 500 mil sacas do nosso ouro verde.
Não é brincadeira. Os números são oficiais e mostram uma queda que dói no bolso dos produtores. "A gente tá sentindo no pé do balcão", confessa um cafeicultor de Minas Gerais que prefere não se identificar. "O preço caiu, os compradores sumiram e agora sobrou estoque encalhado."
Efeito dominó no campo
O que muita gente não percebe é como uma decisão lá de Washington pode virar um pesadelo aqui:
- Armazéns lotados de café sem destino certo
- Preços despencando mais rápido que ação de startup problemática
- Pequenos produtores repensando se vale a pena continuar no ramo
E olha que a temporada de colheita mal começou. Se continuar assim, vamos ter que inventar novos usos para o café — quem sabe virar combustível de carro ou material de construção?
O outro lado do Atlântico
Enquanto isso, os europeus — sempre espertos — estão aproveitando para pechinchar. "Eles sabem que estamos com excesso de oferta e apertam ainda mais nos preços", reclama um exportador de Santos, onde os armazéns portuários estão ficando mais cheios que estádio em final de campeonato.
Mas nem tudo está perdido. Alguns traders mais criivos estão buscando mercados alternativos na Ásia e Oriente Médio. Só que convenhamos: não é da noite pro dia que se substitui o paladar dos americanos, né?
Uma coisa é certa: o cheiro de crise no ar é mais forte que aquele do café passado na hora. E o pior? Ninguém sabe direito quando — ou se — essa maré vai virar.