
Quem diria que algo tão doce poderia ser tão poderoso? No Espírito Santo, o açúcar não é apenas um ingrediente na cozinha — é um motor econômico que movimenta milhões e coloca comida na mesa de milhares de famílias.
Dados recentes mostram que o setor sucroalcooleiro capixaba está bombando. Só no último ano, a produção ultrapassou 2 milhões de toneladas, com um faturamento que deixaria qualquer um de queixo caído: R$ 1,5 bilhão! E olha que isso é só o começo...
O doce sabor do emprego
Enquanto muita gente torce o nariz para o açúcar por questões de saúde, a economia local agradece. Mais de 15 mil empregos diretos surgem dessa indústria que parece nunca perder a doçura. E não são só os engenheiros e técnicos que se beneficiam — desde o cortador de cana até o motorista de caminhão, toda uma cadeia prospera.
"É impressionante como um único produto pode sustentar tanta gente", comenta Marcos, supervisor numa usina da região. Ele, que começou como auxiliar há 12 anos, hoje coordena uma equipe de 30 pessoas. "Tem família aqui que trabalha com cana há três gerações."
Para além do açucareiro
Mas não pense que é só açúcar o que sai dessas terras. O álcool combustível produzido ali abastece meio país — literalmente. E tem mais: a energia gerada a partir do bagaço da cana ilumina cidades inteiras. Quem diria que aquela plantação aparentemente simples escondia tanto potencial?
- 2,1 milhões de toneladas de cana processadas
- R$ 1,5 bilhão em faturamento anual
- 15.200 empregos diretos criados
- 30 municípios impactados economicamente
E tem uma revolução silenciosa acontecendo: as usinas estão ficando mais verdes. Tecnologias que reduzem o consumo de água e reaproveitam resíduos estão transformando o setor. "Antes éramos vistos como vilões ambientais, hoje somos referência em sustentabilidade", orgulha-se a gerente ambiental Carla Mendes.
Claro que nem tudo são flores — ou melhor, canaviais. Os desafios existem, desde a concorrência com outros estados até as oscilações de preço no mercado internacional. Mas os produtores capixabas parecem ter encontrado a fórmula do sucesso: misturar tradição com inovação.
No final das contas, enquanto o mundo discute se açúcar faz mal ou bem, uma coisa é certa: para a economia do Espírito Santo, ele é pura vitamina. E dessa doce realidade, ninguém quer abrir mão.