TCE do Rio barra acordos sem licitação da Fundação — entenda o caso
TCE-RJ veta acordos sem licitação em fundação pública

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) deu um puxão de orelha que vai doer. Na última semana, a corte determinou que uma fundação pública — aquelas que a gente sempre desconfia onde o dinheiro vai parar — está proibida de assinar qualquer novo acordo sem passar pelo crivo de uma licitação. E olha que não foi um avisozinho qualquer: a decisão tem peso de liminar.

Parece óbvio, né? Mas acredite, tem gente que ainda tenta dar a volta por cima. Segundo os conselheiros, a fundação em questão (que preferiram não nomear pra não virar caso de polícia) vinha fazendo contratos diretos como se fosse banca de feira — "ah, toma aqui R$ 50 e me entrega amanhã". Só que com cifras bem mais suculentas, claro.

O pulo do gato que não colou

O que mais chamou atenção foi a criatividade — pra não dizer cara de pau — da instituição. Eles alegavam "urgência" em todos os processos. Conveniente, não? Só que o TCE sacou o jogo: "Urgência sua avó", deve ter pensado algum auditor ao ver contratos repetidos com os mesmos fornecedores.

  • Contratos bloqueados até regularização
  • Multa diária se descumprirem
  • Investigação sobre acordos anteriores

Não é de hoje que o Rio vive essa novela. Lembra daquela história do asfalto que derreteu no verão? Pois é, também começou com uma licitação "flexibilizada". Agora o TCE parece ter aprendido a lição — e tá botando o pé na tabua.

E agora, José?

Pra fundação, o baile acabou. Eles terão que:

  1. Cancelar todos os acordos em andamento
  2. Apresentar justificativa técnica pra cada centavo gasto
  3. Passar pelo crivo do tribunal antes de qualquer nova despesa

Um conselheiro que preferiu não se identificar soltou a pérola: "Isso aqui tá virando terra sem lei. Se deixar, compram até picolé com nota fiscal de R$ 1 milhão". E não é que ele tem razão? Com o caixa público, todo cuidado é pouco — principalmente num estado que já viu tanto escândalo.

Enquanto isso, os fornecedores "preferenciais" devem estar fazendo cara de paisagem. Sem aquela boquinha garantida, vão ter que suar a camisa pra competir de verdade. Quem sabe assim o dinheiro público começa a ser usado como deveria — em vez de virar agrado pra compadre.