Tarifaço acende alerta: rombo nas contas públicas pode explodir em 2024
Tarifaço pressiona contas públicas em 2024

O Brasil acordou com um susto no bolso nesta semana. O tal do 'tarifaço' — aquele reajuste que ninguém quer ver — começou a mostrar suas garras. E olha que o bicho tá pegando.

Enquanto o café esfria na mesa do brasileiro médio, os números das contas públicas fervem no computador do Tesouro Nacional. A conta não fecha, e o rombo fiscal de 2024 promete ser daqueles que dão calafrios até em economista veterano.

O que está pegando?

Três palavras: energia, transporte e inflação. A combinação perfeita para um caos econômico. Os reajustes nas tarifas de luz e ônibus/metrô — que já estavam engasgando nos orçamentos familiares — agora ameaçam engolir as projeções do governo.

Não é exagero. O déficit primário (aquele buraco antes de pagar juros) pode chegar a R$ 100 bilhões. Para você ter ideia, é dinheiro suficiente para:

  • Construir 50 hospitais de grande porte
  • Pagar 2 milhões de salários mínimos
  • Ou... cobrir apenas 3 meses de gastos com juros da dívida

Parece piada, mas a realidade é que estamos numa sinuca de bico. O governo precisa equilibrar as contas, mas cada medida de ajuste acaba apertando ainda mais o cinto da população.

E os especialistas? O que dizem?

"Tá feia a coisa", resume Marcos Lisboa, economista do Insper. Ele — que não é de alarmismos — admite que a situação fiscal está "mais delicada que vidro fino".

Outros analistas jogam números assustadores na mesa:

  1. A cada 1% de reajuste nas tarifas, o déficit cresce R$ 2 bilhões
  2. O custo político desses aumentos é incalculável
  3. O efeito cascata na inflação pode jogar por terra qualquer controle de preços

Não à toa, o mercado financeiro já começou a repassar os juros futuros. Traduzindo: o crédito vai ficar mais caro para todo mundo — do pequeno empresário ao comprador de imóveis.

E agora, José?

O governo está entre a cruz e a espada. Congelar tarifas aumenta o rombo. Ajustá-las corrói o poder de compra. E o pior? Essa crise tem gosto de déjà vu — lembra os anos 1980, quando a inflação era nosso pão de cada dia.

Enquanto isso, nas ruas, o brasileiro se vira como pode. Alguns cortam o cafezinho. Outros abandonam o transporte público por alternativas mais baratas (e menos seguras). E tem quem simplesmente pare de pagar contas — o que só piora o problema das distribuidoras de energia.

Uma coisa é certa: 2024 promete. E não no bom sentido. O tarifaço pode ser só o primeiro capítulo de uma novela econômica que ninguém quer ver na TV — muito menos viver na pele.