Tragédia nas Águas: Sargento da PM morre afogado em barragem de Minas Gerais
Sargento da PM morre afogado em barragem de MG

Era para ser mais um domingo tranquilo na barragem do rio Pandeiros, aquela imensidão de água doce que corta o Norte de Minas. Mas o que começou como um dia de descanso terminou em tragédia - daquelas que deixam a farda da PM pesada demais para os ombros de qualquer colega de farda.

O sargento Cláudio Lúcio de Souza, que há poucos dias havia soprado as velinhas de seus 43 anos, decidiu mergulhar nas águas aparentemente calmas da barragem. Quem poderia imaginar? Dois dias depois de comemorar a vida, ela lhe escapava entre as mãos.

O mergulho que não teve volta

Testemunhas contam que tudo aconteceu rápido demais. Um momento ele estava lá, na superfície. No seguinte, sumiu. As buscas começaram imediatamente - aquela correria desesperada que todo mundo conhece quando algo dá errado na água.

O Corpo de Bombeiros chegou rapidamente, mas as horas foram passando e a esperança, sabe como é, foi escorrendo pelos dedos como areia fina. Só por volta das 16h30, após uma operação que pareceu uma eternidade, encontraram o corpo do sargento.

Um aniversário marcado pela ironia do destino

Pensa só na coincidência amarga: completou 43 anos no último sábado. Dois dias depois, a vida simplesmente decidiu que era hora de partir. Deixou para trás não apenas uma farda, mas uma história de serviços prestados à população mineira.

A Polícia Militar, através da assessoria, emitiu uma nota seca - daquelas que tentam disfarçar a dor com formalidade. Confirmaram o óbito e prestaram solidariedade à família. Mas entre as linhas, dava para sentir o peso da perda.

O que fica quando as águas se acalmam?

Incidente como esse serve de alerta para todos nós. Águas tranquilas podem esconder perigos que nem sempre estão visíveis. Correntezas, vegetação subaquática, mudanças bruscas de profundidade - a natureza tem seus caprichos, e nem sempre somos convidados a conhecê-los.

Enquanto a família do sargento se prepara para o velório em Montes Claros, uma reflexão fica: a vida é mesmo frágil como cristal. Um dia se está aqui, no outro... Bom, no outro as águas podem levar embora.

O IML já fez o trabalho de sempre - aquele procedimento técnico que transforma tragédias em papéis e laudos. E a PM segue em frente, como sempre fez, mas com um buraco a mais no coração da corporação.