
Imagine cruzar o fundo do mar para levar água potável a uma cidade inteira. Pois é exatamente isso que a Sabesp está prestes a fazer no litoral paulista. A companhia de saneamento deu o pontapé inicial em uma obra que promete revolucionar o abastecimento no Guarujá — e não, não é exagero.
Agora, se você tá pensando em tubos gigantescos cortando o oceano como em um filme de ficção científica, acertou em cheio. A travessia subaquática vai funcionar como um verdadeiro "aqueduto moderno", transportando milhões de litros de água por dia sob o leito marinho.
O desafio por trás da inovação
Engana-se quem acha que é só cavar e instalar os tubos. A engenharia por trás disso é de arrepiar — literalmente. Os técnicos precisaram estudar correntes marinhas, relevo submarino e até o comportamento da fauna local. E olha que nem falamos ainda das marés, que mudam o jogo completamente.
"É como montar um quebra-cabeça tridimensional no fundo do mar", brincou um engenheiro envolvido no projeto, que preferiu não se identificar. A obra deve durar cerca de 18 meses, mas ninguém arrisca um palpite sobre imprevistos — afinal, o oceano sempre reserva surpresas.
Como vai funcionar na prática?
- Água virá do sistema produtor Rio Branco
- Tubulações especiais resistentes à corrosão marinha
- Sistema de monitoramento 24 horas por dia
- Conexão com a rede existente em Praia Grande
E tem mais: a obra vai gerar cerca de 200 empregos diretos, uma injeção de ânimo na economia local. Mas o grande ganho mesmo? Garantir que ninguém no Guarujá precise ficar no escuro — ou melhor, no seco — quando o verão apertar.
Ah, e antes que você pergunte: sim, a Sabesp garante que o impacto ambiental foi minuciosamente estudado. "Fizemos simulações até cansar", garantiu a bióloga responsável pelo licenciamento. Parece que dessa vez, desenvolvimento e preservação vão andar de mãos dadas.