
O Rio Grande do Norte assumiu uma posição preocupante no cenário nacional: o estado é o que mais compromete sua receita com gastos de pessoal em todo o Brasil. Os dados mais recentes do Tesouro Nacional, referentes ao primeiro quadrimestre de 2025, pintam um quadro alarmante para as finanças potiguares.
Números que Assustam
De acordo com o relatório, o governo do RN destinou impressionantes 74,9% de sua receita corrente líquida para pagar salários, benefícios e encargos do funcionalismo. Este percentual coloca o estado em situação crítica, ultrapassando significativamente o limite de 60,5% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Comparação Nacional Reveladora
Enquanto o RN lidera este ranking negativo, outros estados apresentam situações bem diferentes:
- Rio Grande do Norte: 74,9%
- Mato Grosso do Sul: 70,2%
- Alagoas: 69,3%
- Roraima: 68,4%
- Amapá: 67,8%
O cenário se torna ainda mais preocupante quando observamos que estados como Santa Catarina (45,5%) e Paraná (47,3%) mantêm percentuais dentro dos limites legais.
Riscos Imediatos para o Estado
Especialistas alertam que essa situação traz consequências graves:
- Limitação de investimentos em áreas essenciais como saúde e educação
- Dificuldade em honrar compromissos financeiros
- Restrição ao crédito junto a instituições financeiras
- Possibilidade de intervenção federal em caso de descumprimento persistente
O que Diz a Lei
A Lei de Responsabilidade Fiscal é clara: estados e municípios devem manter suas despesas com pessoal abaixo de 60% da receita corrente líquida. O Rio Grande do Norte não apenas excede este limite como o faz por uma margem significativa, indicando uma situação fiscal insustentável no médio prazo.
A análise do Tesouro Nacional serve como um alerta vermelho para os gestores públicos potiguares, que precisarão tomar medidas drásticas para reequilibrar as contas estaduais e evitar consequências ainda mais severas para a população.