
Pois é, a coisa tá ficando séria no Porto de Santos. Imagina só: empresas que já se envolveram em acidentes ou tiveram problemas operacionais por lá podem simplesmente ficar de fora de um leilão que vale bilhões. E não é conversa fiada não.
A Advocacia-Geral da União (AGU) deu um parecer que, se adotado, vai mudar completamente as regras do jogo. E olha que estamos falando do terminal de açúcar STS 10, uma joia rara que movimenta nada menos que 8 milhões de toneladas por ano. Um negócio desses, né?
O que exatamente a AGU propõe?
Basicamente, a AGU quer que a Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (Septa) inclua um critério de seleção mais rigoroso. Não basta ter o maior lance – tem que ter histórico limpo também. Parece óbvio, mas até então não era bem assim que funcionava.
E tem mais: o órgão sugere que sejam considerados "eventos ocorridos em todo o porto organizado", não apenas no terminal específico. Isso amplia demais o leque de análise. Uma empresa que teve problema em outro cais do porto poderia ser barrada neste leilão específico.
Os acidentes que preocupam
Ah, e não foram poucos os problemas recentes. Só neste ano já rolou de tudo um pouco:
- Queda de contêineres que interromperam operações
- Acidentes trabalhistas graves
- Danos ambientais que geraram multas pesadíssimas
- Paralisações que afetaram toda a cadeia logística
O pior? Algumas dessas empresas continuam operando normalmente, como se nada tivesse acontecido. Mas essa mamata pode estar com os dias contados.
E agora, o que esperar?
Bom, a bola está com a Septa. Eles podem seguir o parecer da AGU à risca ou... dar uma amenizada. O mercado tá de olho, afinal estamos falando de um terminal estratégico para as exportações brasileiras de açúcar.
Particularmente, acho que vai pegar mal se ignorarem a recomendação. Imagina só dar um terminal bilionário para uma empresa que já demonstrou ter problemas de segurança? É pedir para dar merda.
O leilão está previsto para acontecer ainda este ano, mas tudo indica que vai rolar uma bela discussão antes. E tem mais: essa decisão pode criar um precedente para outras licitações portuárias pelo país. O jogo está mudando, e as empresas que não se adequarem vão ficar para trás.
Vamos acompanhar. Uma coisa é certa: o Porto de Santos nunca foi tão comentado. E dessa vez, por motivos que vão muito além do movimento de cargas.