
Imagine dirigir à noite por estradas que mais parecem túneis sem fim. No Acre, essa não é uma cena de filme de terror — é o pesadelo diário de quem trafega pelo interior do estado. E o Ministério Público Federal (MPF) decidiu botar o dedo na ferida.
Numa ação que mistura indignação com urgência, o MPF acaba de acionar municípios e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O motivo? Aquele velho — e perigoso — problema: estradas tão escuras que até morcego se perderia.
O que está pegando fogo
Segundo o MPF, a situação beira o absurdo:
- Postes que mais parecem cenário de filme abandonado — quando existem
- Trechos onde a única luz vem dos faróis dos carros (quando eles não quebram)
- Denúncias de acidentes que poderiam ter sido evitados com iluminação decente
"É como se tivéssemos voltado ao século XIX", disparou um procurador que prefere não se identificar. "Só que com caminhões a 80km/h."
Quem está na berlinda
O MPF não está brincando em serviço. As cobranças são diretas:
- Prefeituras: Cadê a manutenção básica?
- DNIT: E os projetos prometidos desde o ano passado?
- Órgãos estaduais: Até quando essa negligência?
Curiosamente, ninguém parece querer segurar a batata quente. Enquanto isso, os motoristas seguram o volante — e a respiração.
O outro lado da moeda
Procurados, os municípios alegam "dificuldades orçamentárias" (tradução: falta grana). Já o DNIT prometeu um "estudo técnico" — o que, na linguagem burocrática, pode significar qualquer coisa entre "amanhã" e "daqui a cinco anos".
Enquanto os papéis circulam nas gavetas, a população pergunta: quantas vidas precisam ser perdidas para que a luz — literalmente — chegue a essas estradas?
Uma coisa é certa: o MPF não vai deixar esse caso escurecer. E você, leitor, o que acha dessa situação? Deixe nos comentários.