
Eis que Minas Gerais resolveu dar um jeito naquela conta que não para de crescer no vermelho. Na tarde desta sexta-feira (19), o governador Zema colocou a caneta no papel e transformou em lei a autorização para repassar à União os créditos previdenciários do estado. Não foi sem debate, claro — essas coisas nunca são.
Quem acompanha o baile das contas públicas já sabia: a dívida previdenciária mineira beira os R$ 130 bilhões. Um número que dá arrepios até no mais experiente dos economistas. Agora, com a nova legislação, o governo estadual pode respirar um pouco mais aliviado — pelo menos no papel.
Como vai funcionar na prática?
Imagine uma conta compartilhada onde Minas joga parte da sua dívida e o governo federal assume a responsabilidade. É mais ou menos por aí. Detalhes técnicos? Bem, a lei prevê:
- Transferência gradual dos créditos
- Critérios específicos para cálculo dos valores
- Prazos definidos para a transição
Não espere milagres da noite pro dia, porém. Especialistas alertam que o processo deve levar anos para ser concluído — e o contribuinte mineiro vai continuar pagando a conta enquanto isso.
E os servidores públicos?
Aqui mora o pulo do gato. Os funcionários estaduais podem ficar com a pulga atrás da orelha. Afinal, quem garante que os benefícios não vão mudar no meio do caminho? O governo jura de pés juntos que não haverá prejuízos, mas sabe como é... Promessa de político costuma ter prazo de validade curto.
Por outro lado, se der certo, Minas pode finalmente virar a página desse calote histórico. Só não espere fogos de artifício — o alívio nas contas públicas deve ser sentido a médio e longo prazo.