Governo prioriza indústria nacional nas compras do SUS após polêmica do 'tarifaço'
Governo prioriza indústria nacional nas compras do SUS

Eis que o governo, depois de levar uma saraivada de críticas pelo famigerado 'tarifaço', resolveu puxar a brasa pra sua sardinha. A partir de agora, o SUS vai dar preferência total aos produtos fabricados aqui mesmo, no quintal da indústria brasileira. Não é pouco, considerando que estamos falando de um orçamento bilionário.

"A gente não pode ficar refém de importações enquanto temos capacidade produtiva ociosa", soltou um assessor do Ministério da Saúde, entre um cafezinho e outro. E faz sentido — pelo menos no papel. Afinal, quem nunca viu aquele estoque de máscaras encalhado enquanto faltava material nos postos de saúde?

O xis da questão

Detalhe curioso: a medida chega logo após aquele rebú com os aumentos nas tarifas de importação. Coincidência? Difícil acreditar. O que parece é que o Planalto acordou com o pé direito e decidiu matar dois coelhos com uma cajadada só:

  • Acena para a base industrial, que vinha reclamando da concorrência estrangeira
  • Tenta tampar o sol com a peneira das críticas sobre os preços altos no varejo

Não vai ser moleza, claro. Tem muita burocracia no caminho — aquela papelada que só no Brasil mesmo pra inventar. Mas se der certo, pode ser o empurrão que faltava para setores estratégicos respirarem aliviados.

Na prática, como fica?

Imagine a cena: um hospital precisa comprar seringas. Antes, valia o menor preço, mesmo que viesse de outro continente. Agora? Terá que justificar até a alma se quiser importar. "É tipo o famoso 'compre do vizinho' que sua avó sempre pregou", brincou um gestor público, sob condição de anonimato.

Os críticos, claro, já torcem o nariz. "Isso pode encarecer o sistema", resmunga um economista. Já os entusiastas rebatem: "E o custo do desemprego, hein?" — esse debate promete esquentar os próximos cafés no Congresso.