
O governo federal não consegue informar quantos beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) estão matriculados em instituições de ensino. A razão? Os dados não são atualizados há quatro anos, o que expõe uma falha crítica na gestão de políticas públicas voltadas para pessoas com deficiência e idosos de baixa renda.
Dados parados desde 2021
Segundo informações obtidas, o último levantamento oficial sobre a situação escolar dos beneficiários do BPC foi realizado em 2021. Desde então, não houve nenhuma atualização, deixando o governo no escuro sobre o real impacto do programa na educação desses grupos vulneráveis.
Consequências da falta de informação
A ausência de dados atualizados traz diversas consequências:
- Dificuldade em avaliar a eficácia do programa
- Impossibilidade de planejar políticas educacionais complementares
- Risco de desperdício de recursos públicos
- Falta de transparência para a sociedade
O que diz o governo?
Questionado sobre o assunto, o Ministério do Desenvolvimento Social afirmou que "está trabalhando na modernização dos sistemas de coleta de dados", mas não apresentou um prazo concreto para a regularização das informações. Enquanto isso, milhares de beneficiários seguem sem ter sua situação escolar devidamente acompanhada pelo poder público.
Importância do BPC na educação
O BPC é um benefício vital para muitas famílias brasileiras, garantindo um salário mínimo mensal para pessoas com deficiência e idosos a partir de 65 anos que comprovem não ter meios de prover o próprio sustento. A frequência escolar de beneficiários em idade educacional é um importante indicador de inclusão social.