
O que será que o Governo do Distrito Federal não quer que a gente veja? Desde janeiro — sim, você não leu errado, desde janeiro — os dados atualizados sobre desemprego simplesmente sumiram do mapa. E olha que a última informação que tivemos acesso não era nada animadora: 8,7% da população economicamente ativa sem trabalho.
Parece brincadeira, mas não é. Enquanto milhares de brasilienses enfrentam filas intermináveis para entregar currículos e disputam vagas escassas, o silêncio oficial sobre os números reais do desemprego é ensurdecedor. Uma situação que, convenhamos, cheira muito mal.
O sumiço que fala mais alto que os números
O que me deixa realmente intrigado é o timing dessa "pausa" na divulgação. Janeiro foi justamente quando a taxa atingiu a marca preocupante de 8,7%. Coincidência? Difícil acreditar. Em um país onde transparência deveria ser regra, essa atitude do GDF levanta mais questões que respostas.
E não pense que isso é apenas um problema burocrático. Famílias inteiras estão sentindo na pele — e no bolso — as consequências dessa crise silenciosa. Jovens que saem da faculdade e não encontram oportunidades, pais de família que viram a renda minguar, profissionais experientes descartados pelo mercado... a lista de afetados não para de crescer.
O que dizem (e o que não dizem) as fontes oficiais
Quando questionado, o governo local se escora em explicações técnicas sobre mudanças metodológicas. Mas cá entre nós: nove meses sem dados atualizados é tempo demais para qualquer justificativa colar. A população merece saber a real dimensão do problema para poder cobrar soluções efetivas.
Enquanto isso, nas ruas, o retrato é bem claro. Os camelôs multiplicam-se, os aplicativos de entrega ficam cada vez mais concorridos, e o desespero no olhar de quem busca emprego torna-se uma cena cada vez mais comum no Plano Piloto e nas cidades satélites.
A verdade é que sem números confiáveis, fica impossível medir a eficácia de políticas públicas ou entender para onde a economia local está indo. É como tentar dirigir com o para-brisa sujo — você até pode seguir em frente, mas o risco de acidente é enorme.
O que você acha? Será que essa falta de transparência é mera incompetência administrativa ou existe algo mais por trás desse silêncio conveniente?