ANP libera operação parcial da Refinaria de Manguinhos após embargo: entenda o que muda
ANP libera operação parcial da Refinaria de Manguinhos

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deu um passo importante para a retomada das operações na Refinaria de Manguinhos, localizada na zona norte do Rio de Janeiro. Em decisão publicada nesta sexta-feira (25), a autarquia autorizou o funcionamento parcial da unidade, que estava completamente interditada desde outubro de 2024.

O que foi liberado pela ANP

A medida permite especificamente a operação do sistema de utilidades da refinaria, que inclui:

  • Geração de vapor e energia
  • Sistema de água industrial
  • Unidades de ar comprimido
  • Outros equipamentos auxiliares

Esta autorização limitada tem como objetivo principal preservar a integridade dos equipamentos e evitar a deterioração do patrimônio industrial durante o período de paralização.

Contexto do embargo

A interdição total foi determinada há aproximadamente um ano, quando fiscais da ANP identificaram "situações de risco" durante vistoria técnica na refinaria. Na época, foram apontadas irregularidades nos sistemas de segurança que poderiam comprometer a operação segura da unidade.

A Refinaria de Manguinhos, que começou a operar na década de 1950, tem capacidade para processar até 25 mil barris de petróleo por dia e é uma das unidades mais tradicionais do setor petroquímico brasileiro.

Próximos passos

Embora a liberação parcial seja um avanço, a ANP manteve o embargo nas unidades de processamento principal, onde ocorre efetivamente a transformação do petróleo em derivados. Para uma reativação completa, a refinaria precisará comprovar à agência reguladora que todas as questões de segurança foram adequadamente resolvidas.

Especialistas do setor avaliam que a medida representa um alívio para o mercado regional de combustíveis, mas destacam que a capacidade ociosa da unidade ainda impacta a cadeia de abastecimento no estado do Rio de Janeiro.