
Um grupo que fundou um Templo de Lúcifer no Rio Grande do Sul anunciou a criação de uma nova religião, chamada Noltismo. O movimento, que já chama a atenção no estado, combina elementos do satanismo moderno com conceitos filosóficos e espirituais alternativos.
O que é o Noltismo?
Os noltistas acreditam em uma abordagem individualista da espiritualidade, onde cada praticante é encorajado a desenvolver sua própria conexão com o divino — ou com o que consideram divino. Diferente de religiões tradicionais, o Noltismo não possui uma estrutura hierárquica rígida, mas sim um conjunto de princípios que guiam seus seguidores.
Princípios básicos da crença:
- Autonomia espiritual: Cada indivíduo é responsável por sua própria jornada.
- Questionamento constante: Nada deve ser aceito sem reflexão crítica.
- Liberdade de expressão: Valorização da diversidade de pensamento.
- Equilíbrio entre luz e sombra: Aceitação tanto do bem quanto do mal como partes naturais da existência.
Rituais e práticas
Os rituais noltistas incluem meditação, debates filosóficos e cerimônias que remetem ao simbolismo satânico, mas reinterpretado sob uma ótica contemporânea. Eles não praticam sacrifícios animais ou humanos, como alguns estereótipos sobre satanismo podem sugerir.
Os fundadores enfatizam que o movimento não promove violência ou ilegalidades, mas sim o autoconhecimento e a liberdade pessoal dentro dos limites da lei.
Reações na sociedade
A criação do Noltismo tem gerado debates no Rio Grande do Sul, com opiniões divididas entre curiosidade, ceticismo e preocupação por parte de grupos religiosos tradicionais. Os fundadores afirmam que buscam diálogo com outras crenças e rejeitam qualquer forma de intolerância religiosa.
O movimento pretende registrar-se oficialmente como religião no Brasil, o que permitiria realizar casamentos e outros atos com validade civil.