
O Distrito Federal vive uma transformação religiosa significativa, segundo os dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE. A população evangélica é a que mais cresce na região, representando agora 35% dos habitantes do DF.
Enquanto isso, o número de católicos segue em declínio, caindo para 37%, uma redução de quase 10 pontos percentuais em relação ao Censo anterior. Outras religiões, como espíritas e umbandistas, mantêm participação estável, somando cerca de 5%.
O que explica o crescimento evangélico?
Especialistas apontam alguns fatores para essa mudança:
- Mobilidade social: muitas igrejas evangélicas atuam em áreas periféricas, oferecendo apoio comunitário.
- Estratégias de comunicação: o uso intensivo de redes sociais e cultos transmitidos online atrai novos fiéis.
- Mudanças culturais: jovens e migrantes encontram nas igrejas evangélicas uma identidade mais flexível.
Impacto no cenário político e social
O crescimento evangélico já reflete em outras esferas, como a política local. Bancadas religiosas ganharam força na Câmara Legislativa, influenciando debates sobre direitos sociais e educação.
Além disso, o comércio e a mídia do DF também se adaptam, com lojas de artigos religiosos e programas de TV ganhando espaço.
E o futuro?
Se o ritmo se mantiver, os evangélicos podem se tornar o maior grupo religioso do DF antes de 2030. Resta saber como outras tradições responderão a essa tendência.