
Numa daquelas manhãs que parecem ter saído direto de um quadro renascentista — céu azul, brisa suave e um sol que abraça sem queimar —, São João de Meriti virou palco de algo maior. A Convenção Batista Fluminense, aquela que todo ano arranca suspiros e lágrimas dos fiéis, lotou ruas e corações.
Não era só mais um evento. Era como se alguém tivesse colocado um megafone no céu e gritado: "Olha o que a fé pode fazer!". Gente de todo canto do estado, algumas até de muletas ou carregando crianças no colo, deixou a rotina de lado pra viver dois dias intensos.
Programação que mexeu com a alma
Teve de tudo um pouco — e olha que "pouco" aqui é modo de dizer:
- Cultos que começavam com hinos tradicionais e terminavam com gente chorando de emoção (ninguém segurava o choro no "Amazing Grace")
- Palestras sobre família que fizeram até os mais durões repensarem a vida
- Workshops práticos — sim, igreja também é lugar de aprender coisas novas
O pastor Marcelo Dias, aquele que fala como se estivesse na sua sala de estar tomando café, deixou claro: "A gente não veio pra encher igreja, veio pra esvaziar corações cheios de mágoa." E pelo jeito funcionou — tinha gente saindo diferente de como entrou.
O segredo? Humanidade.
Nada daqueles eventos formais onde todo mundo fica de terno e parece que tá numa reunião de executivos. Aqui, o dress code era simples: venha como você é. Camisas floridas, calças jeans, vestidos coloridos — a fé, afinal, não tem padrão estético.
E os organizadores? Capricharam nos detalhes. Desde o café coado na hora (porque café instantâneo é pecado, brincadeira!) até a equipe de libras que garantiu que ninguém ficasse de fora. Inclusão virou palavra de ordem.
No final, quando o último "amém" ecoou pelo ginásio, dava pra ver nos olhos da galera aquela luz — sabe, aquela que acende quando a gente encontra o que nem sabia que tava procurando? Pois é. Até ano que vem, São João de Meriti.