Ozzy Osbourne, o 'Príncipe das Trevas', deixa o palco da vida aos 76 anos — veja como o mundo reagiu
Ozzy Osbourne morre aos 76 anos; mundo do rock lamenta

Era uma daquelas notícias que a gente espera nunca ter que ler. Ozzy Osbourne — sim, aquele Ozzy, o cara que mastigou morcego no palco e sobreviveu a décadas de excessos — partiu hoje para o grande backstage no céu (ou quem sabe no inferno, ele adoraria a piada).

Aos 76 anos, o vocalista que transformou o grito em arte e o caos em legado deixou fãs e colegas de profissão com um vazio do tamanho de um riff de "Crazy Train".

O adeus ao mito

Não foi uma despedida repentina — nos últimos anos, a saúde do "Príncipe das Trevas" vinha dando sinais de cansaço. Problemas na coluna, Parkinson, uma queda aqui, outra ali... Mas convenhamos: se tem alguém que deveria ser imune à mortalidade, era esse cara que sobreviveu a tudo, até a uma overdose que deveria tê-lo matado em 1989.

"Quando eu morrer", ele brincava em entrevistas, "vão precisar de três caixões — um pra mim, outro pro meu ego e outro só pra minha reputação".

Repercussão: do choro ao champagne

Enquanto fãs choram nas redes sociais — muitos vestindo camisetas puídas do Black Sabbath —, os colegas de profissão fazem um tributo à altura:

  • Tom Morello (Rage Against The Machine): "Ozzy inventou o rock pesado duas vezes — com o Sabbath e depois sozinho"
  • Slash (Guns N' Roses): "O último show ao vivo que vi antes da pandemia foi o dele. Sortudo por ter pegado o último trem da loucura"
  • Geezer Butler (baixista do Black Sabbath): "Perdi meu irmão de metal. O céu vai ficar barulhento hoje"

E claro, Sharon Osbourne — esposa, empresária e "cuidadora profissional de um furacão chamado Ozzy" — ainda não se manifestou. Imagino que esteja naqueles momentos onde até as palavras mais duras parecem pequenas.

Legado: muito além do "Iron Man"

Se você acha que Ozzy era só aquele velhinho da reality show "Os Osbournes", permita-me corrigir: o cara foi o arquiteto do heavy metal. O Black Sabbath não inventou só um gênero — criou toda uma cultura, uma estética, um jeito de ser.

E depois? Carreira solo com Randy Rhoads, aquele incidente com o morcego (que, sim, foi real), décadas de música e histórias que dariam um livro — ah, espera, deram vários.

Num mundo onde celebridades vêm e vão, Ozzy era daqueles raros casos onde a lenda superava o homem — e olha que o homem já era gigantesco.