Livinho: Do anonimato ao estrelato turco, a saga do popstar que não quer ser famoso
Livinho: do anonimato aos hits turcos no G1 Ouviu

Quem diria, hein? O mesmo cara que produz batidas que embalam festas de São Paulo a Istambul prefere ficar no cantinho, longe da agitação. Essa é a contradição que define Livinho, um dos nomes mais fascinantes — e discretos — da música pop brasileira.

Numa conversa que mais parece um papo de boteco que entrevista formal, o artista se abre no podcast G1 Ouviu desta semana. E que história ele tem pra contar!

Do anonimato para o mundo (e vice-versa)

Enquanto você lê isso, alguém na Turquia provavelmente está dançando com um hit do Livinho. Sim, na terra entre a Europa e a Ásia, suas músicas viralizaram de um jeito que nem ele mesmo explica direito. "É surreal", admite, com aquela voz mansa que contrasta com as batidas energéticas que produz.

Mas aqui está a ironia do destino: quanto mais global fica sua música, mais local ele quer ser. O artista que poderia estar cercado de seguranças em festas chiques escolhe o silêncio de casa. Prefere o aconchego do anonimato à agitação dos holofotes.

A música como refúgio

Para Livinho, compor não é sobre fama ou reconhecimento. É quase uma terapia — uma forma de processar o mundo e transformar sentimentos complexos em algo que as pessoas possam dançar. Talvez seja essa autenticidade que ressoa tão longe.

Seus sucessos não nascem em laboratórios musicais com fórmulas pré-fabricadas. brotam de experiências reais, daquelas que todo mundo vive mas poucos conseguem expressar em três minutos e meio de melodia contagiante.

O preço dos holofotes

Numa era onde todos buscam viralizar, eis um cara que já viralizou e pensa: "e agora?". A fama traz liberdade criativa, sim, mas também rouba pedaços da alma que ninguém te avisa que vão sumir.

"Às vezes sinto falta de ir na padaria sem ser reconhecido", confessa com uma honestidade que raramente se ouve nesse meio. E quem pode julgar? Afinal, qual de nós não valorizaria a simplicidade de um café tranquilo sem selfies nem autógrafos?

O que vem pela frente?

Novos projetos? Claro. Mas no ritmo dele. Livinho parece ter entendido algo que muitos artistas levam décadas para aprender: sucesso sustentável não é sobre estar sempre em evidência, mas sobre criar trabalho que sobreviva às modas passageiras.

Enquanto isso, suas músicas continuam sua jornada independente — conquistando ouvidos pelo mundo afora, sem precisar de passaporte ou visto. E ele? Continua sendo apenas Livinho: um cara normal com um talento extraordinário.