Quem diria que um mesmo lugar poderia unir dois extremos gastronômicos — a simplicidade da tainha e a sofisticação do fondue — com tanta maestria? Pois é exatamente isso que o restaurante Positano, em Santa Catarina, vem fazendo, arrancando elogios até dos críticos mais exigentes.
Nessa época do ano, quando o termômetro despenca e a neblina envolve a região, nada melhor do que um prato que aquece corpo e alma. E o Positano parece ter entendido isso como ninguém. Seu cardápio de inverno é uma viagem sensorial, começando pela tainha — peixe típico da costa catarinense — preparada com técnicas que vão do tradicional ao inusitado.
Do mar à montanha
O segredo? Eles pegam a tainha fresca — quase saindo do barco — e a transformam em pratos que vão desde grelhados crocantes até receitas com toques asiáticos. Mas o que realmente surpreende é como o restaurante equilibra essa herança local com criações como o fondue de queijos artesanais, derretido na frente do cliente. Parece contraditório? Talvez. Delicioso? Com certeza.
"A gente brinca que aqui é onde o litoral encontra os Alpes", diz um dos chefs, enquanto ajusta a chama do rechaud. E não é mentira: num mesmo jantar, você pode começar com um ceviche de tainha e terminar mergulhando pão caseiro num fondue de queijo gruyère.
Ambiente que convida a ficar
Não é só a comida que aquece. O restaurante — com sua decoração que mistura rústico e contemporâneo — tem aquela vibe aconchegante típica de refúgios alpinos, mas com o calor humano catarinense. Lareira acesa? Check. Vinhos locais selecionados a dedo? Óbvio. E um serviço que faz você se sentir em casa — mesmo que sua casa não tenha um chef premiado na cozinha.
Ah, e para os indecisos (porque escolher entre fondue e tainha é quase um dilema existencial), o Positano oferece degustações que permitem experimentar o melhor dos dois mundos. Afinal, inverno sem exageros gastronômicos é como praia sem mar — não faz sentido.
