
Parece que o destino dos melhores queijos mineiros está prestes a ser decidido — e não poderia ser em lugar mais apropriado. Itanhandu, essa joia escondida no Sul de Minas, prepara-se para receber a etapa mais aguardada do Concurso Estadual de Queijos Artesanais. A tensão está no ar, meu amigo.
Nos dias 5 e 6 de setembro, o Centro Cultural da cidade transforma-se no palco de uma verdadeira batalha laticínia. Mais de quarenta queijarias, algumas com séculos de tradição nas veias, outras com a ousadia dos novatos, apresentarão seus melhores produtos. Tudo para conquistar o paladar dos exigentes jurados.
Um evento que vai além do paladar
Não se engane pensando que é só sobre provar queijo — embora isso já fosse motivo suficiente. O evento representa algo maior: a resistência de uma tradição que atravessa gerações. Muitos desses produtores aprendemam a arte com avós e bisavós, mantendo viva uma cultura que é pura essência mineira.
E olha só que interessante: a etapa regional já aconteceu em seis cidades diferentes, espalhadas por todo o estado. De Uberaba a Juiz de Fora, passando por Curvelo, Oliveira, São João del-Rei e Muriae. Agora, os finalistas de cada região convergem para Itanhandu como gladiadores rumo ao Coliseu — só que com menos sangue e mais coalho.
O que esperar da finalíssima
Os critérios de avaliação? Rigorosos como deve ser. Textura, sabor, aroma, aparência... cada detalhe conta. Os jurados, especialistas renomados da área, analisam minuciosamente cada pedaço como se fossem detetives procurando pistas de perfeição.
E não é só sobre ganhar um troféu bonito para colocar na prateleira. Os vencedores levam para casa reconhecimento que pode transformar seus negócios — visibilidade, credibilidade e, claro, a invejável honra de carregar o título de melhor queijo artesanal de Minas.
Para a cidade, é uma injeção de ânimo. Hotéis lotados, restaurantes movimentados, comércio aquecido. Itanhandu, normalmente tranquila, transforma-se no epicentro gastronômico mineiro por dois dias intensos.
Por que isso importa?
Num mundo cada vez mais padronizado, onde tudo vem embalado plasticamente, esses queijos artesanais representam a resistência do autêntico. Cada peça carrega histórias, terroir, técnicas transmitidas por gerações — coisas que nenhuma indústria consegue replicar.
O evento, organizado pela Secretaria de Agricultura de Minas Gerais em parceria com a prefeitura local, vai além do concurso. Inclui feira de produtores, oficinas e oportunidades incríveis para networking. Uma verdadeira imersão no universo dos queijos mineiros.
E no final? Bem, no final alguns sairão vitoriosos, mas todos saem ganhando. A tradição se fortalece, o conhecimento se compartilha e nós, meros mortais, temos a chance de provar alguns dos melhores queijos do planeta.
Quem sabe você não aparece por lá? Dificilmente vai se arrepender — a menos, é claro, que seja intolerante à lactose.