
Não foi simplesmente um show de abertura—foi um verdadeiro manifesto. A primeira noite do The Town 2025, neste sábado (6), deixou claro desde o primeiro momento que o rap feminino não está apenas presente; ele comanda, dita o ritmo e rouba a cena com uma energia que simplesmente não pode ser ignorada.
Karol Conká, Ebony e AJU—cada uma com sua identidade única—transformaram o palco num território de empowerment sonoro. E olha, o público entendeu perfeitamente a mensagem.
Um trio que veio para ficar na memória
Primeiro, veio AJU. Com uma presença de palco que mistura poesia marginal e batidas pesadas, ela não aquietou ninguém—pelo contrário, levantou a galera com letras afiadas e um flow que parece sair naturalmente, como se respirasse rimas.
Em seguida, Ebony assumiu os vocais e arrancou gritos. Sua performance, visceral e cheia de atitude, fez todo mundo balançar. Não era só música; era afirmação, resistência pura embalada em beats eletrizantes.
E então… Karol Conká. Que retorno, hein? Dona de uma energia quase tribal, ela entrou no palco e conquistou todos—os que já eram fãs e os que vieram por curiosidade. Sua entrega foi emocionante, potente, daquelas que arrepiam até quem tá longe do palco.
O recado estava claro
Não se trata apenas de entretenimento. É sobre ocupação. Representatividade. Dar voz a quem muitas vezes é silenciado. E as três fizeram isso com maestria, mostrando que o rap—especialmente o feito por mulheres—é diverso, urgente e necessário.
O público respondeu com fervor. Corpos em movimento, punhos erguidos, vozes ecoando refrões que falam de luta, mas também de festa—porque sim, dá pra dançar enquanto se muda o mundo.
E assim seguiu a noite…
Com beats que ecoaram além do festival, levando uma mensagem clara: o rap feminino brasileiro está mais vivo do que nunca. E quem duvidava saiu convertido—ou pelo menos, pensando duas vezes antes de subestimá-lo.
O The Town 2025 mal começou e já deu um show de abertura que será lembrado. E se o restante do festival seguir essa vibe, estamos diante de algo histórico.