
Imagine uma noite fria nas montanhas do Rio, aquela vibe aconchegante que só o inverno na Serra traz, e de repente — boom! — o som explode numa mistura que vai do forró pé-de-serra ao reggae jamaicano, passando por uns grooves de MPB que deixam até o mais sério dos espectadores balançando os ombros. Pois é, essa é a Raiz do Sana, e eles estão prontos para incendiar o palco do Festival de Inverno de Nova Friburgo.
O que esperar do show?
Não é só música, é experiência. A banda, que nasceu nas cachoeiras de Macaé, traz na bagagem uma identidade sonora que mistura — sem pudor — influências regionais com uma pegada quase tribal. O vocalista, João (que prefere ser chamado só pelo primeiro nome, "porque sobrenome é coisa de documento"), garante: "A gente não toca, a gente ritualiza. Cada show é um negócio orgânico, vai nascendo no momento."
E olha, se depender do setlist que preparam, o público pode esperar:
- Versões irreverentes de clássicos do forró (sim, tem Luiz Gonzaga, mas do jeito deles);
- Batidas de reggae que parecem sair das montanhas da Jamaica — só que com um sotaque bem brasileiro;
- E claro, composições próprias que falam de amor, resistência e… cachoeiras, porque não?
Por que esse show promete ser diferente?
Além da musicalidade — que já é um espetáculo à parte —, a Raiz do Sana tem fama de levar o público a uma viagem. Não é raro ver gente descalça dançando como se estivesse em transe, ou grupos de amigos que chegaram separados e saem abraçados. "A música une, mas o ritmo funde", brinca o percussionista Marcos, enquanto ajusta um atabaque que, segundo ele, "tem alma própria".
E tem mais: o festival este ano promete uma estrutura imersiva, com projeções mapeadas que interagem com os movimentos dos músicos. Ou seja, não basta ouvir, tem que sentir.
Festival de Inverno: tradição com cara nova
Nova Friburgo já é conhecida pelo clima frio e pela herança suíça, mas o festival — que completa 15 anos — prova que a cidade também respira cultura. E não qualquer cultura: aquela que pulsa, que inventa, que mistura. "É o evento que todo artista da região quer fazer parte", comenta uma produtora local, enquanto ajusta o último detalhe do cronograma.
Além da Raiz do Sana, a programação inclui desde oficinas de artesanato até debates sobre sustentabilidade — porque, convenhamos, cultura e meio ambiente são dois lados da mesma moeda na Serra.
E aí, vai perder? O show é dia 27, no Parque Municipal, e os ingressos estão voando. Melhor garantir o seu antes que vire história.