Não foi só a temperatura que subiu em Iperó nesta sexta-feira. Quando os primeiros acordes de "Mulher de Fases" ecoaram pelo parque de eventos, ficou claro: o Rock in Iperó 2025 começou com o pé direito — ou melhor, com o pé no acelerador.
Os caras do Raimundos, aqueles mesmos que botaram fogo nos anos 90, mostraram que ainda sabem como ninguém transformar plateia em um caldeirão de suor e emoção. Marcelo Bonfá, no comando da bateria, parecia ter engolido um metrônomo humano. Rodolfo, com seu jeito despojado de sempre, fez a galera cantar até as músicas que ninguém lembrava que sabia.
Três dias pra ficar na história
Até domingo (20), o festival promete:
- Mais de 15 bandas no line-up
- Área de food trucks com comidas que desafiam a dieta
- Espaço kids (porque rock também é coisa de família)
- E claro, muita, mas muita cerveja gelada
"A gente viu a necessidade de trazer um evento desse porte pra região", contou um dos organizadores entre um gole de água e outro de café forte. "Iperó tá crescendo, e cultura não pode ficar só nas capitais."
O clima? De quem não quer saber de amanhã
Enquanto isso, na plateia, histórias se misturavam. Tinha o casal que veio de Sorocaba só pra ver Raimundos — "a gente se conheceu num show deles em 2002". O grupo de amigos que transformou o evento em despedida de solteiro. E até um senhor de cabelos grisalhos que garantiu: "Rock não tem idade, moleque".
Com ingressos ainda disponíveis para sábado e domingo, o Rock in Iperó promete continuar escrevendo sua história — uma história feita de amplificadores no talo, calçados destruídos e gargantas roucas na segunda-feira.
