Numa jogada que mistura política, cultura e uma pitada de emoção, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, decidiu homenagear a cantora Preta Gil de um jeito que só o Carnaval carioca sabe fazer. O Circuito de Blocos da Zona Sul agora leva o nome da artista — e olha que não foi só por causa da voz potente ou dos hits que embalam a folia há anos.
"Ela representa a resistência, a alegria e a diversidade que são a cara do nosso Carnaval", disparou Paes, com aquele sorriso maroto de quem sabe que acertou em cheio. A cerimônia, diga-se de passagem, foi um misto de ato político e show particular — porque quando o assunto é Preta, tudo vira festa.
Mais que uma homenagem, um reconhecimento
Quem acompanha a trajetória da filha de Gilberto Gil sabe: essa mulher é um furacão de energia positiva. Desde os tempos de "Senta a Pua" até a luta contra o câncer que viralizou nas redes, Preta virou sinônimo de coragem com um toque de irreverência — combinação perfeita para batizar um circuito que reúne milhões de foliões.
Os blocos da Zona Sul (aquele roteiro que inclui Ipanema, Leblon e arredores) agora terão um nome que, convenhamos, já era cantado em prosa e verso nas ruas. "Preta merece, né? Ela é praticamente a madrinha não-oficial do Carnaval carioca", comentou um folião enquanto ajustava a fantesia de drag queen — detalhe: eram 10h da manhã.
O que muda na prática?
- Placas novas com o nome "Circuito Preta Gil" em pontos estratégicos
- Programação especial com artistas convidados pela homenageada
- Projeto social vinculado ao circuito para formar novos talentos
Ah, e tem mais: correm boatos que a própria Preta pode desfilar em algum bloco no meio do povo. "Se depender da minha empolgação, vou é pular todos os dias", brincou ela durante o anúncio, deixando claro que título bonito no papel é bom, mas sujar os pés de glitter na rua é melhor ainda.
Enquanto isso, nas redes sociais, a reação foi tão calorosa quanto um trio elétrico no meio de fevereiro. De fãs emocionados a políticos da oposição elogiando a iniciativa (sim, aconteceu), parece que Eduardo Paes acertou em cheio nessa. Resta saber se, no meio da folia, alguém vai lembrar de ler as placas novas — ou se vão seguir o cheiro da cerveja e o som dos tamborins, como manda a tradição.
